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Surpresas que temperam a vida

Surpresas acontecem e vão sempre acontecer. São elas que dão sabor à vida e a deixa mais divertida.

Alguns imprevistos por vezes nos enlouquecem, mas podem nos dar prazer. Outros, porém, nos entristecem e nos fazem sofrer. Mas sempre nos ajudam a amadurecer.

Se saio de casa, sem rumo e sem compromisso, encontro um velho amigo que há muito queria ver, agradeço o imprevisto que fez isto acontecer.

Se saio com destino certo e varias coisas pra fazer e, improvisamente começa a chover, tenho duas opções a escolher: adiar os compromissos ou deixar a raiva me corroer.

Se numa roda de amigos, num bate papo legal, por pequenas divergências em um assunto banal, percebo um inimigo que nem imaginava ter, agradeço esse improviso que ensina a me defender. Cabe a mim resolver se quero paz ou: que armas vai escolher? De qualquer forma, sempre fica uma lição que ajuda a crescer.

Rancores, dissabores, fazem o estômago doer. Meu estomago, sempre tão delicado, me pede pra não exagerar. Sentimentos negativos e positivos não se devem misturar. É assim quando tomo vinho, outra bebida não posso beber. Se insisto em teimar, muito “mico” eu vou pagar.

Mas até nesses “micos” o improviso pode ajudar. Pode ser que sua missão seja de me libertar, da indecisão e timidez que insistem em me acompanhar.

Parece uma incoerência, mas já paguei mico e gostei. Foi num improviso gostoso que me fez faltar o ar, e como em um sonho nebuloso vi algumas vestes voar. Foi num tapete voador que tudo aconteceu e, garanto, até Aladim enrubesceu. Muito papo, muito vinho…assim tudo aconteceu. Continuar lendo

Nova era chegando!

Ferrara, 11 de junho de 2018

Nova era chegando!

De algumas coisas ando enjoada: papo ruim, monotonia, gente dissimulada.

Preciso otimizar a minha jornada.

Que tal sair e pedalar até voltar suada?

Fotografar, pintar, escrever até sentir a alma lavada?

Viajar, comemorar e aproveitar o meu tempo que insiste em voar?

Corro atrás dele pois não quero me perder. Quero sentir o vento na face, o frio na barriga e o sol a me aquecer.

Que me importa se as artroses começarem a doer e o suor, pelo rosto, escorrer.

Nem a dor e nem o fedor vão conseguir impor qual o ritmo devo ter. Menos ainda, qual o caminho devo fazer.

Nova era chegando?

Vou sair, vou viajar, vou relaxar, ter alguns dias sem pensar nem estressar. Depois penso nas contas a pagar.

Esperar essa nova era olhando o mar. Com o rumor das águas, indo e vindo, como se estivessem a dançar. A brisa, as ondas, a areia que se juntam para me massagear. Gosto de sentir a pele vibrar e a imaginação transbordar. O mar me inspira e me faz sonhar.

É assim que gosto de me recarregar. E é assim que receberei a nova era que está pra chegar.

A solidão dos números primos.

Sentir-se só em meio à gente. Sentir-se inadequado. Sentir-se culpado por não ter sido capaz de fazer valer a propria vontade. Silenciar a propria dor. Ter medo ou vergonha de expor sentimentos.

Números primos são sempre sós. Mesmo os números primos gêmeos que estão sempre perto mas nunca se encontram. Tem sempre um número par para separá-los.

A vida é repleta de perguntas e plena de respostas. Porém não são as respostas dadas que nos ajudam a viver. São as escolhas que fazemos, e não temos outra escolha senão seguir as escolhas que fazem de nós o que somos.

Ela estava na outra sala e o esperava. A separá-los havia duas fileiras de tijolos, alguns centímetros de gesso e nove anos de silêncio.”

E ele preferiu manter o silêncio. Voltou para seu trabalho e sua rotina de vida. No caminho de casa parou para admirar o nascer do sol e pensou: todos os dias ele nasce, faz sua trajetória, e se esconde, tendo alguém para admirá-lo ou não.

Ela, admirando o céu no seu azul monótono e brilhante, ouvindo o barulho das águas do rio que produziam um rumor suave e sonolento, lembrou do silêncio perfeito de quando se acidentou na neve. Agora, como naquele dia, ninguém sabia onde ela estava. Também dessa vez não chegaria ninguém. Mas ela não estava mais esperando. Sorriu para o céu claro e com um pouco de cansaço concluiu que poderia se levantar sozinha.

( Paolo Giordano me fazendo pensar sobre a vida, sobre escolhas e solidão)

Ferrara 26 de abril de 2017

Que mundo é esse?

Devo admitir que, dentro da minha pequeninice e ignorância politica, não entendo o que está acontecendo nesse nosso mundo. Estou completamente perdida e desorientada..

Será que já não é possivel viver em paz? Será que não existe mais nenhuma gota de tolerância? Será que teremos de sofrer uma terceira guerra mundial pra aprendermos a conviver com nossas diferenças?

Não sou uma grande telespectadora mas algumas vezes deixo a TV ligada enquanto faço outras atividades. Nos últimos dias tenho assistido um canal de notícias 24 horas , desses que repetem sempre as mesmas coisas a cada meia hora, mas que apresentam também alguns debates entre políticos, jornalistas e profissionais de outras áreas. Em alguns desses debates ouvi comentários que coincidem com algumas de minhas opiniões.

Por exemplo, numa discussão sobre a atuação dos EEUU na Síria e Turquia, generalizando um pouco, em todo o Oriente Medio, um dos participantes ao debate disse: “Quem nomeou os EEUU defensores do mundo?”

Pois então, eu sempre me perguntei : – quem passou procuração aos EEUU dando a eles o poder de combater o “mal”? E quem define o “Mal”? Por que eles se acham os defensores da moral e dos bons costumes? – Eu queria apenas ENTENDER!!!

Outro comentário, ainda do mesmo debate, despertou uma dúvida que sempre assola meu sono e muito me aflige: – “Muitos políticos, do mundo inteiro, se comportam como ovelhas sob o jugo dos EEUU.”

– O que leva a comunidade internacional ser tão injusta, violar sistemáticamente os princípios de igualdade e, tantas vezes, desrespeitar os direitos humanos? Por que tantas guerras instrumentalizadas? Por que aqueles que detém o poder se acham melhores que o resto do mundo? Por que devemos classificar os governos em: Direita / Esquerda/ Centro? Aquilo que considero certo ou errado não depende se vem da direita, da esquerda ou do centro. O que é bom, certo e justo independe de classificação, pelo menos na minha singela opinião.

Num outro debate, ouvi uma frase chocante – “Apenas os extremistas sobrevivem!!!”

Fiquei pasma, pois é outra coisa que venho me questionando. Entre tantos “ismos” : fascismo, comunismo, capitalismo, socialismo, o que vem prevalecendo é o POPULISMO! Por que? Why? Perché? Alguém pode me explicar?????

Tento entender e busco ajuda. Hoje a tecnologia nos favorece com vários canais de ensino. Amo o Google! Através dele encontrei as definições que escrevo abaixo, apenas para refrescar a memória, lembrando um pouco das aulas de Organização Social e Política, que não existe mais nos currículos escolares:

  • Sociedade:do latim, – significa “associação amistosa com outros”, é o conjunto de pessoas que compartilham propósitos, gostos, preocupações e costumes, e que interagem entre si constituindo uma comunidade.

  • Povo:conjunto de individuos que têm a mesma origem, a mesma lingua, partilham instituiçoes, tradiçoes, costumes e um passado cultural e historico comum.

  • Governar :do latim-gubernare- dirigir , conduzir

Por essas definições, concluo que: uma sociedade pode ser composta por vários povos, compartilhando propósitos e costumes, interagindo entre si e constituindo uma comunidade.

  • Então vem daí a necessidade de ter um governo para dirigir /conduzir?

Creio que sim. Mas creio também que cada sociedade deve ser livre pra decidir como será o seu governo. Quem e como vai dirigir e conduzir esse conjunto de individuos. De preferência, respeitando as tradições e costumes de cada povo.

Interagir, compartilhar, conviver; jamais impor e discriminar.

Se é verdade que não existe sociedade sem governo, devemos lembrar que não existe governo sem sociedade. Já dizia Auguste Comte.